
O governador José Ivo Sartori descartou, nesta terça-feira, a possibilidade de o Rio Grande do Sul não enviar policiais militares para fortalecer a composição da Força Nacional, que irá atuar nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. De acordo com Sartori, o Ministério da Justiça requisitou número elevado de brigadianos. A quantidade está sendo negociada. As informações são da Rádio Gaúcha.
– Não existe essa possibilidade de não ceder. Eles pediram em torno de 500 policiais e estamos dispostos a ajudar, mas não nessa condições. E não serão enviados aqueles que trabalham na rua – adiantou o governador, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.
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Segundo Sartori, a prioridade será de policiais que atuam na esfera administrativa. Entre as justificativas para não negar os PMs estão possíveis sanções da União.
– Mesmo sendo um pacto federativo às avessas, ainda assim, temos negociações e contrapartidas, como armamentos, viaturas, coletes e munição – afirmou.
Dívida com a União
O governador também comemorou a obtenção de liminar que suspendo temporariamente o pagamento das parcelas da dívida com o governo federal. A suspensão, segundo Sartori, permite ampliar o "fôlego financeiro" do Executivo.
– Nos permite investir mais em segurança e em outras questões sociais. Desde o começo do nosso governo procuramos todos os dias pagar a folha do funcionalismo – disse.
O governador não adiantou qual área receberá prioridade a partir do recurso extra que irá sobrar, pois o impacto financeiro da decisão judicial ainda está sendo calculado por técnicos da Secretaria da Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado.
Impeachment
Sartori evitou revelar sua posição sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Questionado, disse esperar que a decisão do Congresso transcorra de forma "tranquila" e "serena", sem "violência" e que reconstitua a capacidade econômica do país.
– Quando o (vice) Itamar Franco (PMDB) assumiu, ele conseguiu organizar um governo plural e democrático. E teve gente que fala hoje em golpe que, naquela época, pediu também o impeachment do Itamar. No entanto, ele construiu aquilo que tivemos até agora: estabilidade econômica e combate ao processo inflacionário – comentou o governador.
*Rádio Gaúcha