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Panama Papers: Putin nega suspeitas de corrupção de amigos

Presidente russo acusa os Estados Unidos de estarem por trás do vazamento de milhões de documentos da firma de advocacia panamenha Mossack Fonseca

Dmitry Lovetsky / POOL

O presidente russo Vladimir Putin rejeitou nesta quinta-feira que existam "elementos de corrupção" entre as pessoas de seu círculo mais próximo citadas no caso Panama Papers, que revela o nome de personalidades de todo o mundo que têm sociedades em paraísos fiscais.

- Que elementos de corrupção? Não há nenhum - afirmou Putin.

O presidente russo acusa os Estados Unidos de estarem por trás do vazamento de milhões de documentos da firma de advocacia panamenha Mossack Fonseca.

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Segundo os documentos, o violoncelista Sergei Rolduguin, amigo e padrinho de uma das filhas de Putin, está no centro de uma rede de empresas de fachada formada por pessoas próximas ao presidente russo, conforme revelou o jornal independente Novaia Gazeta.

Citando os 11,5 milhões de documentos divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), o Novaia Gazeta afirma ter descoberto as disposições financeiras que permitiram que pessoas próximas ao presidente russo escondessem até U$S 2 bilhões em paraísos fiscais.

Amigo de infância de Vladimir Putin, Sergei Rolduguin, 64 anos, violoncelista no teatro Mariinsky, aparece como o testa de ferro nessa rede de empresas de fachada operadas pelo escritório Mossack Fonseca.

Serguei Rolduguin é apontado como proprietário das companhias Sonnette Overseas Inc. (SOI) e International Media Overseas (IMO), que adquiriram importantes setores da economia russa através de outras empresas offshore, em uma estrutura semelhante à de um jogo de bonecas russas, segundo Novaia Gazeta.

Como Serguei Rolduguin, a maioria dos russos envolvidos na trama é formada por amigos de Putin. Rolduguin conheceu o presidente russo em 1977, e, "desde então, nunca se separaram", conforme relatou em uma biografia de Vladimir Putin publicada em 2000.

No dia seguinte à revelação dos documentos, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, acusou ex-agentes da CIA e do Departamento de Estado americano de estarem por trás do vazamento dos papéis do Panamá e acrescentou que "o principal alvo desses ataques é nosso país, nosso presidente".

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* AFP

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