
A primeira-dama e líder do Partido Nacionalista do Peru, Nadine Heredia, rejeitou nesta quinta-feira ter recebido dinheiro de empreiteiras brasileiras envolvidas na Operação Lava-Jato.
A mulher do presidente Ollanta Humala depôs diante de uma comissão do Congresso que investiga o suposto pagamento de subornos de construtoras do Brasil para obter obras em território peruano.
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A líder do Partido Nacionalista foi questionada sobre a campanha eleitoral de 2011, quando teria recebido contribuições de empreiteiras brasileiras.
- Em relação às reuniões mantidas pelo então candidato Ollanta Humala com empresários, e não apenas brasileiros, mas de outras nacionalidades, incluindo peruanos, de fato ocorreram durante a campanha eleitoral, mas isso não significa a existência de subornos ou qualquer compromisso com projeto, concessão ou obra - disse Heredia à imprensa após sair da sessão.
A primeira-dama considerou normal que empresas com interesses no Peru tenham desejado conhecer os pontos de vista dos candidatos presidenciais.
Documentos encontrados com uma secretária da Odebrecht pela Polícia Federal levantam suspeitas sobre o pagamento de subornos no país sul-americano para a obtenção de obras locais.
No documento, de 2012, aparece a inscrição "Projeto OH", que seria uma referência a Ollanta Humala, ao lado da cifra de R$ 4,8 milhões. Segundo a imprensa peruana, o valor teria sido entregue em 2011.
Humala assumiu a presidência em julho de 2011 e concluirá seu mandato em julho de 2016.
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