
Nomeado ministro do Trabalho do governo de Michel Temer, o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) tomou posse com o desafio de auxiliar na redução do desemprego. À frente da pasta, que já não responde pela Previdência, Nogueira ainda terá de enfrentar o ambiente hostil de maior parte das centrais sindicais, contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff.
Como reverter a alta do desemprego, que já afeta mais de 11 milhões de brasileiros?
Tenho plena convicção de que a retomada da geração empregos virá a partir do segundo semestre. O principal para a guinada é a segurança, a confiança do Brasil no governo. O Brasil tem quase 12 milhões de desempregados, é um caos. Não há justiça social melhor do que geração de emprego.
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Como discutir mudanças com centrais sindicais, como a CUT, que afirmam que o impeachment é golpe?
Uma questão é o jargão que se dá para o ocorrido, que foi o impeachment, um remédio constitucional. Cada um dá o nome que quiser. Isso não pode ser levado em conta quando formos tratar assuntos do interesse do trabalhador. A principal função do movimento sindical, independente de posição ideológica, é defender o trabalhador.
O governo prepara uma reforma trabalhista?
Não diria o termo reforma trabalhista, talvez uma adequação à realidade moderna do momento. Direito você não revoga, pois a causa da crise não é o trabalhador. Essa é a diretriz do presidente Michel Temer.
Uma flexibilização nas negociações entre sindicatos e empresas está na pauta?
A livre negociação é uma das medidas que poderá ser elemento facilitador para esse ambiente de abertura de novos postos de trabalho. O importante é que todas as partes sejam chamadas para construir um instrumento que preserve as garantias ao trabalhador e que dê segurança ao empreendedor.