O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo assassinato de um médico que foi espancado até a morte na parte oeste de Bangladesh nesta sexta-feira, de acordo com um grupo de monitoramento sediado nos EUA.
A polícia afirma que o homeopata Sanaur Rahman, de 58 anos, estava pilotando uma motocicleta em Kushtia com seu amigo, Saif uz Zaman, na manhã desta sexta, quando foram atacados por pelo menos três homens, que estavam em uma bicicleta motorizada.
Rahman foi morto e Zaman, um professor universitário, ficou gravemente ferido.
"Combatentes do Estado Islâmico assassinaram um médico que era adepto ao cristianismo em Kushtia, ao oeste de Bangladesh", noticiou a agência de notícias Amaq, afiliada ao EI, em curta mensagens em árabe, de acordo com o Grupo de Inteligência SITE.
A polícia disse que o ataque tinha similaridade com outros anteriores, mas uma disputa pessoal poderia ter motivado o assassinato.
Zaman, professor na Universidade Islâmica em Kushtia, foi levado por um helicóptero para Dacca, a 240 quilômetros, para um tratamento de emergência.
"Ele costumava distribuir homeopatias para os moradores de aldeias no jardim de sua casa toda sexta-feira. Não acreditamos que ele tivesse qualquer inimigo", disse o cunhado da vítima, Obaidur Rahman.
Os amigos eram fãs de um tipo tradicional de música mística conhecida como Baul, popular em Kushtia.
Os "menestréis místicos" ou Bauls de Bangladesh, considerados hippies, têm sido rejeitados e até mortos, sendo rotulados de hereges por grupos religiosos extremistas em um país majoritariamente muçulmano.
Os ataques acontecerem em meio a uma onda de assassinatos de profissionais liberais, ativistas e minorias religiosas por supostos militantes islâmicos em Bangladesh.
Um monge budista foi espancado até a morte no último sábado, enquanto um estudante ateu, dois ativistas dos diretos dos homossexuais, um professor liberal, um alfaiate Hindu e um líder Sufi Muçulmano também foram assassinados no mês passado.
O grupo Estado Islâmico e o ramo da Al-Qaeda em Bangladesh afirmaram ter responsabilidade por muitas das mortes.
O governo de Dacca nega que os dois grupos extremistas estejam por trás dos ataques, afirmando que não têm presença conhecida no país, e culpa os assassinatos a militantes locais.
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