Nicola Sturgeon - Escócia Marine Le Pen - França Martin Schulz - Alemanha
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O Reino Unido aprovou a saída da União Europeia com o voto de 51,9% dos britânicos, segundo resultados definitivos publicados nesta sexta-feira, em meio a incerteza sobre o futuro da Europa.
O líder do Brexit Nigel Farage declarou que é "a vitória da verdade, da gente simples". "Faremos isto por toda a Europa. Espero que esta vitória derrube este projeto falido e nos leve a uma Europa de Nações soberanas".
- Vamos nos livrar desta bandeira (europeia), de Bruxelas e de tudo que fracassou. Façamos deste 23 de junho nosso dia da independência - declarou Farage.
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Frank-Walter Steinmeier - Alemanha
O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, lamentou o resultado no Twitter: "As notícias desta manhã procedentes da Grã-Bretanha são uma verdadeira desilusão. Parece um dia triste para a Europa e a Grã-Bretanha".
A chefe de governo da Escócia, Nicola Sturgeon, declarou que "a votação aqui mostra claramente que os escoceses veem seu futuro como parte da UE".
Declan Kearney - Irlanda do Norte
Já o líder do partido republicano Sinn Fein, Declan Kearney, estimou que a província britânica da Irlanda do Norte deve realizar um referendo sobre sua união com a Irlanda após a saída do Reino Unido da UE.
"Temos esta situação em que o norte está sendo arrastado para fora (da UE) pelo resultado na Inglaterra (...). O Sinn Fein pressionará por sua demanda de referendo".
A líder da extrema direita francesa Marine Le Pen defendeu um referendo sobre a saída da União Europeia "na França e nos demais países da UE".
"Vitória da liberdade! Come peço há vários anos, é necessário o mesmo referendo na França e nos demais países da UE", escreveu a presidente da Frente Nacional (FN) no Twitter.
Geert Wilders - Holanda
Na mesma direção, o líder da extrema direita holandesa, o deputado Geert Wilders, exigiu um referendo sobre a permanência de seu país na UE.
"O povo holandês também merece um referendo. Por isto, o Partido da Liberdade exige um referendo sobre a saída da Holanda da União Europeia", disse Wilders em um comunicado.
"Queremos estar a cargo do nosso próprio país, queremos nosso próprio dinheiro, nossas fronteiras e nossa política de imigração. Se fosse o primeiro-ministro, teríamos um referendo na Holanda sobre a saída da União Europeia. Que o povo holandês decida".
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, declarou que conversará com a chanceler alemã, Angela Merkel, para evitar "uma reação em cadeia de eurocéticos".
Newcastle foi a primeira a divulgar resultados
A ducha de água fria na UE começou em Newcastle, primeira cidade a divulgar resultados, onde a permanência venceu por pequena margem, mas muito inferior às previsões favoráveis à permanência, com 50,7% contra 49,3%.
Já em Sunderland, outra cidade do norte da Inglaterra, a saída do grupo europeu ganhou com ampla vantagem, por 61,34%, contra 38,66%.
Escócia e as grandes cidades votaram pela permanência na UE, inclusive superando as previsões, mas regiões inteiras do centro e do sul da Inglaterra, e o País de Gales, apoiaram em massa pela saída do Bloco.
Londres, Glasgow, Aberdeen e Liverpool votaram a favor da UE, mas cidades de tradição operária, como Blackpool, o porto de Dover e localidades históricas como Hastings deram um rotundo 'não' à permanência na UE.