
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou neste sábado que, se a oposição "cumprir seus requisitos, o referendo revogatório será no próximo ano e ponto", descartando, assim, que a consulta para tirá-lo do poder possa acontecer ainda em 2016, como exige a oposição. Em um ato em Caracas, Maduro disse ainda que "devemos respeitar o que diz o Poder Eleitoral".
- Se queriam invocar esse referendo este ano, tinham de ter pedido em 11 de janeiro deste ano (um dia depois da metade do mandato presidencial) para que os tempos lhes fossem dados, se cumprissem os requisitos - insistiu.
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Maduro também declarou que na próxima segunda-feira entrará com as ações de nulidade no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) contra o processo revogatório. O presidente alega que a primeira coleta de assinaturas continha quase 11 mil mortos e quase 2 mil condenados por crimes, o que o governo classificou de "fraude".
Com o regulamento do próprio Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em mãos, a oposição garante que o referendo pode ser realizado este ano, entre o final de outubro e novembro.
Para avançar no processo de convocação do referendo, a oposição venezuelana deve validar 1,3 milhão de assinaturas, a partir de 20 de junho. O CNE terá até 23 de julho para revisar as assinaturas coletadas.
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