André Tajes
O PMDB repete a decisão de 2012 e não terá candidato à prefeitura de Caxias do Sul. Em votação secreta, o diretório municipal decidiu por 29 votos seguir junto com a candidatura do PDT, liderada por Edson Néspolo. Outros 16 votos foram a favor da candidatura própria. A reunião aconteceu na noite de ontem, na sede do partido. O nome do pré-candidato a vice na chapa governista começará a ser discutido a partir da próxima semana.
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O presidente em exercício da sigla, José Luiz Zechin, abriu a reunião às 18h30min pedindo respeito à decisão que seria tomada na votação. Ele garantiu que o processo estava embasado no estatuto do partido e pediu a união dos peemedebistas.
– Aqui é o fórum para discutir. Depois que encerrarmos esse processo, temos que estar unidos – disse.
O vice-prefeito Antonio Feldmann foi o primeiro a se manifestar em nome da candidatura própria. Ele defendeu que o PMDB poderia buscar o apoio de todos os partidos que estão no atual governo.
Para o ex-titular da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), Paulo Périco, não há tempo suficiente para construir uma candidatura. Ele afirmou que esse é o momento de continuar o projeto.– Não se consegue construir uma coligação e o nome de um candidato – disse.
Segundo o deputado federal Mauro Pereira, essa eleição municipal era de extrema importância para mostrar o trabalho do PMDB à sociedade. Mauro cogitou uma possível coligação apenas no segundo turno.– Com chapa própria, poderemos defender o governador José Ivo Sartori e o presidente Michel Temer. Esses partidos gostam de quem tem votos e tempo de TV.
Feldmann e Mauro tinham se colocado à disposição para concorrer à cabeça de chapa.
A secretária de Recursos Humanos e Logística, Jaqueline Bernardi, iniciou seu pronunciamento defendendo a permanência de Mauro em Brasília. Ela disse ainda que a população caxiense vota em projeto de governo e não em pessoas.– Não somos menores porque somos vice. Temos que continuar juntos para dar certo – disse em defesa da manutenção da coligação.
Já o presidente licenciado do PMDB, Ari Dallegrave, disse na hora do voto:
– Não voto em quem bate no PMDB e defende a (presidente) Dilma (Rousseff).