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Um grupo ligado a movimentos LGBT protestou em frente ao Bar Pinguim, neste sábado, em Porto Alegre. Os manifestantes pediam a interdição do estabelecimento comercial localizado na esquina das ruas General Lima e Silva e República, no bairro Cidade Baixa, por supostas agressões de garçons e clientes contra homossexuais. No ato, que teve início por volta das 18h e se estendeu por 50 minutos, as pessoas alegavam conivência da direção. Por fim, realizaram um "beijaço" em frente ao estabelecimento.
– É importante combater o preconceito com ações como esta, pois o Bar Pinguim é um dos símbolos da homofobia – disse a estudante Juliane Gonçalves, de 19 anos.
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O episódio que motivou o protesto ocorreu no último dia 11, segundo Luisa Stern, candidata a vereadora pelo PT. A candidata relata que passava em frente ao estabelecimento, durante ato de campanha, quando foi insultada por frequentadores. Ao revidar os insultos, Luisa relata que se iniciou uma confusão no bar – que, inclusive, teve parte filmada por integrantes do movimento de campanha.
– Eles acobertam os clientes e garçons homofóbicos. Há um histórico de agressões aqui – diz Luisa Stern. – Um garçom nos agrediu – completa.
Os gerentes do estabelecimento, Volnei Alexandre e Kleiton Wismann, confirmam que houve discussão entre o grupo político e clientes, mas negam a agressão do garçom. Segundo eles, o funcionário apenas apartou os envolvidos, evitando luta corporal.
– O bar vem sofrendo perseguição há muitos anos – reclama Volnei.
– Tratamos todos de forma igual. O Pinguim não é um bar preconceituoso – complementa Wismann, dizendo que os garçons são orientados a dar atenção especial aos homossexuais, justamente para desfazer essa imagem pejorativa.