
O principal suspeito de ter cometido o crime que chocou a população de Pinhal Grande, município de 4,5 mil habitantes da Região Central, tem pelo menos 12 registros de ocorrência envolvendo seu nome na Polícia Civil da cidade (veja abaixo). Um deles envolve a tentativa de homicídio de uma ex-namorada.
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Ariosto da Rosa, 41 anos, é suspeito de ter assassinado a tiros sua enteada (Bianca Salles, 16 anos), um adolescente (Alex Leal, 17 anos), um menino (Iran dos Santos, 10 anos) e um idoso (Afonso Gonçalves, 60 anos) na localidade de Rincão dos Basílios, interior de Pinhal Grande, na manhã de terça-feira.
O suspeito
A identidade do suspeito foi revelada pela Polícia Civil, que conta com a ajuda da população para encontrá-lo. Desde terça-feira, policiais civis e militares da região fazem buscas na cidade e arredores. A prisão preventiva dele já foi solicitada à Justiça.
A identificação de Rosa é confirmada pela polícia em dois depoimentos: o do irmão de Iran dos Santos, 10 anos, que contou à Polícia Civil que presenciou a morte do caçula; e o da companheira de Rosa, Gislaine, que conseguiu falar com ele após as mortes.
– Tive a notícia de manhã, 6h30min, 6h45min. O filho dele (do padrasto) me ligou dizendo que ele tinha matado um guri. Pedi para ele (filho) ir lá na casa e ver a guria (Bianca), onde estava. Ele ligou de volta e disse que ela estava em cima da cama morta. Depois disso, eu liguei pra ele e perguntei: por que tu fez isso? Ele disse "porque ela estragou a minha vida, eu nunca fiz nada para ela. Então, estuprei ela e matei" – relatou a mãe de Bianca, Gislaine, em depoimento à polícia.
Outros crimes
Conforme informações da Polícia Civil, o homem de 41 anos tinha pelo menos 12 registros de ocorrência envolvendo seu nome: quatro como vítima de crimes como esbulho processório (posse ilegal de terras), ameaça e lesão corporal, um registro como testemunha de ameaça verbal e seis registros como suspeito de crimes.
Em um dos registros como suspeito de crime, ele consta como foragido. O homem teve passagem pelo Presídio Estadual de Júlio de Castilhos, de 2001 a 2008, por tentativa de homicídio, caso em que ele entrou em um ônibus escolar e atirou contra a então namorada, que sobreviveu ao atentado. Ele foi preso, e quando passou para o regime semiaberto não se apresentou quando deveria. Foi recapturado em 2004, e imputada contra ele mais uma responsabilização, por porte ilegal de arma.
A Polícia Civil e Brigada Militar pedem que qualquer informação sobre o paradeiro de Rosa seja relatada ao telefone 190.