Fábio Schaffner
Presidente acidental, alçado ao cargo pelo impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer tomou posse apresentando-se como um pacificador capaz de "reunificar a todos". Sete meses depois, o peemedebista ainda não conseguiu conciliar nem os seus próprios aliados, muito menos cobrir o fosso que separa os três poderes. Acuado pela recessão e pela perda sucessiva de ministros e colaboradores estratégicos no comando do Congresso, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer vê crescer o receio de que talvez não consiga concluir o mandato. Ainda que de forma cautelosa, a possibilidade já é debatida nos gabinetes de Brasília e no mercado financeiro.
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