
A Justiça manteve a decisão da juíza de 1º grau que havia indeferido pedido do Ministério Público para bloquear os bens do prefeito José Fortunati e do secretário de Gestão, Urbano Schmitt. O MP fez o pedido para compensar prejuízos de mais de R$ 5 milhões na Procempa. Na ação, os promotores Nilson de Oliveira Rodrigues Filho e Tiago Moreira da Silva assinam a ação pela qual acusam Fortunati, Urbano e Kulczynski de "aparelhar" a Procempa. Alegam que o prefeito usou a companhia para diversas atividades fora das atribuições originais, como eventos, publicidades, contratação de pessoas e fornecimento de bens, que seriam de competência do próprio Executivo.
A juíza Cristina Luíza Marchezan da Silva já havia rejeitado o pedido. Nesta quinta-feira, o desembargados Carlos Roberto Caníbal manteve a decisão e não acatou o pedido do MP.
Leia mais:
MP pede bloqueio de bens de Fortunati por prejuízos de mais de R$ 5 milhões na Procempa
"Procempa: uma empresa sobre suspeita"; leia todas matérias da série
Raio-X da prefeitura que ficará de herança para o novo gestor de Porto Alegre
"Tenho a convicção de que tomei todas as providências administrativas e jurídicas para sanear a empresa de Processamento de Dados do município. O resultado desse trabalho é que resgatamos a Procempa como uma das melhores empresas de Tecnologia da Informação do país, que serve de orgulho a qualquer profissional que atue na área. A nossa administração tem procurado atuar da forma mais transparente possível, tanto que somos a única capital do país a receber Nota 10 do MPF nas duas avaliações realizadas em 2015 e 2016. Sempre tomamos todas as providências para investigar desvios de seu uso, quando eram feitas por servidores, cidadãos ou pela imprensa", escreveu Fortunati no Facebook.