Segurança

Espírito Santo

Reunião entre familiares de PMs e governo capixaba termina sem acordo

Saída para a paralisação, que provocou o colapso da segurança pública no Estado, foi discutida por mais de três horas

Martha Souza

Terminou sem acordo a reunião entre representados do governo do Espírito Santo com mulheres e familiares dos policiais militares que estão em greve. Por mais de três horas, na noite de terça-feira, foi discutida uma saída para a paralisação, que provocou o colapso da segurança pública no Estado. Um novo encontro está agendado para as 14 horas desta quinta-feira.

Familiares dos PMs apresentaram uma proposta ao Estado, que vai analisar os números e indicar uma contraproposta. O movimento exige a anistia dos policiais parados e a reposição salarial da categoria - o piso da categoria é de R$ 2,6 mil -, mas o governador licenciado Paulo Hartung argumenta que não tem condições de absorver o impacto de R$ 500 milhões ao ano que o reajuste exigiria. Ele classificou de "chantagem" a ação dos PMs.

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Com o caos na segurança do Espírito Santo, o movimento ainda é tímido nas ruas da região metropolitana de Vitória. No Estado, ocorreram pelo menos 103 homicídios, segundo dados da associação dos policiais, já que o governo local não confirma os números.

Os ônibus voltaram a circular de forma parcial na Grande Vitória. As linhas que retomaram o serviço funcionam das 6h até as 18h. Com registro de assaltos e veículos incendiados, o transporte coletivo havia sido interrompido por completo na quarta-feira. Em Vitória, a prefeitura suspendeu por mais um dia os trabalhados. Escolas municipais e as unidades de saúde ficam fechadas.

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