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Criminosos atearam fogo em um ônibus na Rua Octávio de Souza, no bairro Nonoai, em Porto Alegre, na noite deste sábado. Em 24 horas, esse é o terceiro ataque possivelmente motivado pela morte de um suspeito de 19 anos na Vila Cantão. Um coletivo da Brigada Militar e o posto da polícia na Vila Cruzeiro do Sul foram alvo de tiros na noite de sexta-feira e na manhã de sábado.
O ataque ao coletivo da linha Prado ocorreu por volta das 19h, próximo da Avenida São Sebastião. As linhas Medianeira, Orfanotrófio e Prado não estão operando na noite deste sábado em função do incêndio criminoso.
De acordo com o relato do motorista do coletivo, quatro criminosos armados entraram no veículo, mandaram todos os ocupantes descer, jogaram combustível e então atearam fogo. O veículo ficou totalmente destruído, mas ninguém ficou ferido.
Até o começo da noite de sábado, ninguém havia sido preso. A Brigada Militar garante que está com reforço no policiamento na região.
Brigada acredita que morte de jovem pode ter desencadeado crimes
Uma das suspeitas da polícia é de que o incêndio ao coletivo tenha sido uma represália à morte de um jovem de 19 anos, ocorrida na noite de sexta-feira, durante confronto com a Brigada Militar. A polícia afirmou que fazia patrulhamento na região da Rua Octávio de Souza e que, ao ser perseguido por policiais em um beco da Rua Dona Cristina, o rapaz teria apontado um revólver contra a guarnição e acabou baleado. Ainda de acordo com a Brigada Militar, ele foi identificado como Patrick Fernandes Vieira. A BM afirma que o jovem tinha antecedentes policiais por porte ilegal de arma.
Na sexta-feira, depois da morte, um ônibus da BM foi atingido por tiros no bairro Nonoai. O veículo teve que ser escoltado para sair do local.
O posto da Brigada Militar na Vila Cruzeiro do Sul, na zona sul de Porto Alegre, também foi alvo de ataque a tiros no começo da manhã deste sábado. Dois policiais militares estavam no posto no momento do ataque, mas não se feriram. Conforme a BM, no local foram achados 21 estojos de munição calibre 9 milímetros. Até o começo da noite de sábado, ninguém havia sido preso.
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