
Em artigo para o jornal Folha de S. Paulo, publicado na manhã deste domingo, o presidente Michel Temer cita os protestos de quarta-feira, em Brasília. Temer afirma que a Esplanada dos Ministérios foi "atacada pelos que desprezam a democracia" e que "buscam impor sua vontade pela violência".
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No texto, ele comemora a aprovação das sete medidas provisórias pela base aliada mesmo em meio à crise política: "Isso é manter a governabilidade". Temer admite que o Brasil passa por uma crise, mas afirma que vai manter a agenda de reformas, sem as quais o Brasil "não se sustentaria" e que vai entregar ao seu sucessor "um país em condições bem melhores do que recebi". Ele também afirma que os três presidentes anteriores também tentaram mudar as regras de aposentadoria e pensões.
No final do texto, Temer diz que a liberdade de expressão é "extrapolada por interpretações voluntaristas" e que a Constituição Federal "é o único guia" neste momento de crise. O presidente também se refere à gravação feita pelo empresário Joesley Batista durante um encontro entre os dois como uma falsa confissão. "Gravação clandestina, imprestável, segundo peritos, como prova – e que nem sequer, pasmem, foi custodiado e periciada", diz o artigo.
Temer também diz no texto que "a criminosos" foram dados passaporte livre para viver em outra parte do mundo. Desde que firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria, Joesley se mudou com a família para Nova York – sua saída do país, sem tornozeleira eletrônica, faz parte do pacto.