Geral

Greve geral

Como foi a manhã de protestos no RS 

Movimento contrário às reformas do governo federal paralisou parte do serviço de transporte público na Região Metropolitana 

Segunda greve geral convocada pelas centrais sindicais neste ano, a mobilização desta sexta-feira (30) atrasou as saídas de ônibus e trens e bloqueou avenidas e estradas no Rio Grande do Sul. Centenas de pessoas saíram às ruas para protestar contra a lei das terceirizações e as reformas da Previdência e trabalhistas, propostas pelo governo Michel Temer. O movimento também se espalhou por dezenas de cidades do país.

Em Porto Alegre, o primeiro reflexo dos protestos se deu ainda durante a madrugada, quando manifestantes bloquearam a saída de ônibus das garagens de sete das 11 empresas que atuam na cidade. Acionada, a Brigada Militar (BM) utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Pouco depois das 6h, a circulação dos coletivos começou a se normalizar.

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Devido ao protesto em frente à Carris, na zona leste da Capital, três pessoas foram presas pela BM. De acordo com a polícia, com os detidos foram apreendidos rojões e pedras.

O trensurb também sofreu impactos em razão da greve geral. Os primeiros vagões, que costumam começar a sair às 5h, entraram em operação somente às 6h30min porque manifestantes bloquearam os trilhos. A BM também foi a responsável por desobstruir os pontos, e a falta de funcionários para trabalhar nas bilheterias motivou a empresa a estabelecer o passe livre para os usuários.

Na Região Metropolitana e no Interior, ainda houve bloqueios em ao menos 18 pontos de rodovias federais, o que provocou congestionamentos. Às 12h30min, a única estrada que permanecia com interrupção era a BR-290, no km 333, em Santa Margarida do Sul.

Ao longo da manhã, na Capital, manifestantes saíram em marcha em diferentes locais, como nas avenidas da Legalidade, Bento Gonçalves e Protásio Alves. No início da tarde, os atos já haviam arrefecido, mas ainda havia concentração de manifestantes na Rua Siqueira Campos.

Também houve reflexos nos serviços de saúde e ensino. Onze das 98 escolas municipais não abriram as portas, e ao menos dois postos de saúde (São Cristóvão e Tijuca) não funcionaram. Na rede estadual, mais da metade das 200 instituições da Capital permaneceu fechada.

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