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Correção: das 18h39min às 21h30min de 28/07/2017, o título e o texto desta notícia informavam incorretamente que o Crea realizou perícia preliminar na obra. Na verdade, o inspetor-chefe do Crea em São Leopoldo, Ary Borges do Santos, acompanhou os trabalhos do Instituto Geral de Perícias, responsável por emitir os laudos que embasarão a investigação das causas do acidente. As informações foram corrigidas.
A equipe de Fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) esteve nesta sexta-feira (28) em São Leopoldo, no Vale do Sinos, para acompanhar os trabalhos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) na obra do edifício onde dois operários morreram na quinta-feira, após a queda de uma marquise.
Segundo o inspetor-chefe do Crea em São Leopoldo, Ary Borges dos Santos, a construtora Mavel, responsável pela obra, está em situação regular, assim como o registro das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) dos serviços da área tecnológica.
"Após o resultado da perícia é que teremos a apuração dos fatos para detectar a causa do acidente. Caso seja apontada alguma responsabilização técnica, o conselho poderá instaurar processo ético-disciplinar", disse Santos por meio de nota enviada pelo Crea.
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No momento em que a marquise desabou, cerca de 20 funcionários da empreiteira Flach, empresa terceirizada que presta serviço de mão de obra à Mavel, estavam na obra. No acidente, os funcionários Jairo Rodrigues Cavallari, 26 anos, morador de Novo Hamburgo, e Lautiere Muller Kulbal, 30 anos, que morava em Miraguaí, foram encontrados mortos sob os escombros. Outros três operários ficaram feridos, dois deles foram encaminhados em estado grave ao Hospital Centenário, em São Leopoldo. Segundo o laudo médico do hospital, Jorge Lemes de Almeida, 50 anos, Ezequiel Aliandro da Camara, 29 anos, e Paulo Valdir Schomer, 64 anos, estão em estado estável e não correm mais risco de vida. Apesar de terem sofrido fraturas, nenhum deles precisou passar por cirurgias de emergência.
Após o acidente no edifício, o Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local para averiguar as possíveis causas do desabamento da marquise.
– Só após as perícias do IGP saberemos se o motivo da queda foi um problema técnico no projeto ou na execução da obra – explicou o comissário da Polícia Civil Cezar Pontes.
A Mavel afirmou que vai colaborar com qualquer pedido para auxiliar na investigação e que aguarda a perícia do Instituo Geral de Perícias para apurar os fatos.