Familiares, amigos e moradores do bairo Bom Jesus, em Porto Alegre, protestaram, na manhã deste sábado (26), contra a morte de Juliano Andrade Ferreira, 30 anos. Ele morreu em confronto com a BM no último dia 18, na Zona Norte. Na Rua José Madrid, dezenas de pessoas pediam por justiça. Perto do meio-dia, o grupo se concentrou em frente ao local onde Juliano trabalhava.
– Nós queremos a verdade, queremos justiça. As pessoas não podem julgar sem conhecer. O meu filho não era ladrão, sempre foi trabalhador – conta a mãe, Cláudia Ferreira.
Segurando faixa e cartazes que traziam fotos do rapaz, o grupo seguiu em direção à Avenida Protasio Alves, onde a pista no sentido Centro-bairro foi bloqueada por alguns minutos. O trajeto foi percorrido com gritos de "verdade e justiça". Ao final, balões brancos foram soltos.
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No início da manhã do dia 18 de agosto, Juliano e o amigo Cristiano Severo Lima morreram durante um tiroteio com policiais militares à paisana, que haviam recém saído de uma festa, na esquina da Avenida Sertório com a Farrapos, no bairro Navegantes. Ainda não estão claras para os investigadores as circunstâncias da ocorrência. A hipótese inicial era de um assalto, mas outras situações não são descartadas. Armas dos policiais e dos suspeitos foram apreendidas.
A 2ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre está investigando a ocorrência. A Brigada Militar também abriu uma investigação interna, chamada de Inquérito Policial Militar (IPM), para apurar a conduta dos agentes na ocorrência. O procedimento é aberto sempre que existe uma situação de confronto envolvendo policiais da corporação.
