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O homem é o responsável por acelerar em cerca de mil vezes a extinção de espécies de animais e plantas. A conclusão saiu de um estudo realizado na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e publicado na revista Science.
Segundo a pesquisa, antes dos humanos, o ritmo de extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano. Hoje, os números chegam a 100 a cada 1.000 por ano.
Para chegar ao número estimado de sumiços de espécies, os pesquisadores cruzaram números do registro mundial de fósseis, bancos de dados de história natural pelo mundo e dados de recentes descobertas de novas espécies.
Desde 1900, segundo o estudo, foram descobertas 1.230 novas espécies de aves que entraram no grupo das mais de 95 mil espécies já conhecidas. Ao menos 13 delas já estão extintas. Assim, concluíram os cientistas, a taxa de extinção de aves é duas vezes e meia mais veloz do que a do século passado.
Apesar do alarmismo, o grupo é otimista em relação ao futuro. Novas tecnologias podem ajudar a manter espécies vivas ou até desextinguir algumas, como explicamos aqui.
O cientista Clinton Jenkins, ecólogo americano que trabalha atualmente no Instituto de Pesquisas Ecológicas, em Nazaré Paulista (SP), por exemplo, trabalha em um mapa que mostra onde as espécies mais vulneráveis vivem. Com ele, seria possível estabelecer prioridades de conservação em diferentes locais.