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A promessa de ajudar um paraplégico a andar está ganhando força ao redor do mundo. A Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos nos Estados Unidos aprovou o projeto ReWalk, que agora chegará ao mercado americano.
Criado pela israelense Argo Medical Technologies, o sistema já era vendido na Europa desde 2012. O modelo é diferente do que propõe o brasileiro Miguel Nicolelis, que promete fazer com que a pessoa controle tudo em uma interface cérebro-máquina.
A forma de disposição no corpo é semelhante entre as duas propostas - o paciente utiliza equipamentos acoplados às pernas e à cintura, uma mochila com um computador e uma bateria. Porém, um par de muletas é necessário para auxiliar nas caminhadas.
No caso do ReWalk, que custará em torno de R$ 160 mil, o movimento se dá de forma motorizada, a partir de comandos enviados por meio de uma espécie de relógio no pulso. Mas não é necessário que a os comandos sejam contínuos para cada passo. Ele compreende quando a pessoa se inclina para frente por uma leitura do torso e, assim, ajuda na caminhada.
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ReWalk Robotics/Divulgação
A aprovação da FDA é um passo importante para uma possível popularização do sistema, o que ajudará pessoas que tiveram lesões na espinha dorsal. A agência liberou o uso apenas para alguns tipos específicos de lesões e recomendou que haja um treinamento com auxílio de alguém antes de o paraplégico sair usando o aparelho sem acompanhamento.
Também fez questão de especificar que o Rewalk não foi feito para subir escadas, talvez uma forma de desmentir algumas publicações que, ainda no início do projeto, mostravam essa possibilidade.
Antes da aprovação, foram realizados diversos estudos com voluntários, para ver como eles se comportavam em lugares com muitas pessoas, em pisos irregulares e qual distância aguentariam. Em um deles, 12 voluntários conseguiram caminhar de 50 a 100 metros sem ajuda.
Veja um vídeo de divulgação da tecnologia: