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As pesquisas sobre células-tronco embrionárias têm sido frustradas pela dificuldade em responder a uma simples questão: como diferenciar uma célula-tronco boa de uma ruim? Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estão chegando perto de resolver esse dilema: eles encontraram um indicador que prevê quais lotes de células vão se tornar tecidos saudáveis e quais podem vir a formar tumores.
A descoberta foi relatada em artigo publicado na edição deste mês do jornal científico Cell Stem Cell, especializado nesse tipo de célula. Realizada em camundongos, a experiência traz esperança para a medicina, que já documentou muitas falhas no uso clínico das células-tronco. Muitas vezes, relatam os cientistas, elas se convertiam em tumores ao invés de se transformarem no tecido desejado.
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Agora, graças a uma proteína chamada histona, que ajuda a "empacotar" o DNA, foi possível prever o destino dessas células.
- Temos um marcador molecular de confiança que pode nos dizer qual é uma boa célula-tronco e qual é uma ruim. A tendência é elevar o nível e a qualidade da pesquisa para que possamos pensar em usar essas células na prática médica - disse o coordenador do Centro de Pesquisas em Célula-Tronco da Yale, Andrew Xiao.
O estudo, cujo autor principal é o cientista Tao Wu, é financiado pela Universidade e pela Fundação Connecticut de Células-Tronco.