A Polícia Civil de Pelotas vai tomar novos depoimentos de testemunhas da tentativa de assalto que resultou na morte de uma jovem.
Diandra Ramires, 25 anos, foi atingida por um tiro efetuado por um policial militar, na terça-feira.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Furtos, Roubos, Extorsões e Capturas (Defrec). Conforme o delegado Rafael de Souza Lopes, as testemunhas que já foram ouvidas no flagrante do roubo ao ônibus serão reinquiridas para ajudar no esclarecimento das circunstâncias em que Diandra foi baleada.
O crime ocorreu na terça-feira, quando o suspeito Cristiano Carril Fabião teria tentado assaltar pela segunda vez o mesmo ônibus. Segundo a Brigada Militar, um coletivo que faz a linha Rodoviária-Centro foi atacado por volta das 6h de terça-feira. Depois de concluir um dos percursos, teria sido novamente abordado pelo mesmo suspeito.
Conforme a ocorrência, dois PMs se aproximaram no momento em que Fabião, parado do lado de fora do coletivo, estaria apontando uma arma para o motorista. Foi neste momento que um dos PMs fez o disparo.
Diandra passava pelo local com a mãe e um dos filhos. Elas estariam a caminho da creche. Diandra era mãe de crianças de três e quatro anos. Ela foi socorrida e morreu na quarta-feira.
O delegado Lopes quer ouvir novamente todos que estavam no local. Depois da prisão, foi constatado que o suspeito usava uma arma de brinquedo. A BM abriu Inquérito-policial Militar (IPM) para apurar o fato. Segundo o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, major Eduardo Perachi, o PM envolvido no caso está afastado, e muito abalado.
_ Lamentamos pela família. Eu sou pai, ele é pai _ disse Perachi.
A arma da qual teria partido o disparo está apreendida, à disposição do responsável pelo IPM. O PM tem mais de 25 anos de serviço na BM. O suspeito tem antecedentes policiais por dois homicídios, roubo e cárcere privado.