Segurança

Violência

Médica fingiu desmaio para fugir de tentativa de estupro em hospital de Porto Alegre

Segundo polícia, bandido chegou a bater na vítima antes de ser capturado por seguranças no edifício-garagem do Hospital Ernesto Dornelles

Caetanno Freitas

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Uma médica sofreu tentativa de estupro no 6º andar do edifício-garagem do Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, na noite de terça-feira. De acordo com a Polícia Civil, ela foi surpreendida por um homem escondido atrás de um pilar do estacionamento quando se preparava para entrar no carro, e só conseguiu escapar porque simulou um desmaio e se aproveitou da distração do agressor.

A mulher foi agredida e teve parte das roupas arrancadas pelo agressor. Conforme o titular da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, delegado César Carrion, o crime não se consumou porque a médica, conforme relatou na ocorrência, conseguiu fugir no momento em que o homem vendou os olhos dela com a blusa.

– O cara bateu muito nela. Uma hora ele usou a blusa dela como venda e acabou se distraindo. Ela se fez de desacordada e conseguiu escapar – diz o delegado, que assumiu as investigações do caso registrado na 2ª DPPA.

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Ainda conforme o delegado, o homem tentou sair com os pertences da médica, como a bolsa e alguns objetos roubados, mas foi capturado por seguranças do hospital que ouviram os gritos de socorro da vítima. A polícia ainda não sabe como o agressor entrou no hospital.

O homem foi identificado como Alexandre Marcelo Pires da Silva, 38 anos. Segundo a polícia, ele tem antecedentes criminais por um outro estupro, furto e roubo, vários deles ocorridos no centro de Porto Alegre. Silva foi encaminhado ao Presídio Central.

Em nota, o Hospital Ernesto Dornelles lamentou o ocorrido e informou que irá tomar medidas emergenciais para reforçar a segurança no local, como a instalação de maior número de equipamentos de monitoramento, circulação de seguranças em motos por 24 horas, além da revisão dos demais procedimentos de segurança.

Também por meio de nota, o Sindicato Médico do RS (Simers) afirmou que o caso gerou revolta e motivou a instituição a cobrar com mais intensidade segurança nas unidades de saúde de Porto Alegre.

Conforme o Simers, já foram registrados, em 2016, sete casos de violência em unidades de saúde de Porto Alegre. Em 2015, foram 33 ocorrências no Estado, sendo 22 somente na Capital.

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