
O Presídio Feminino de Lajeado, inaugurado na sexta-feira, ainda não está pronto para operar. Embora os uniformes e produtos de higiene já estejam sob as camas aguardando a chegada das primeiras detentas, a liberação das vagas ainda depende de vistoria dos bombeiros, dos órgãos ambientais e da instalação do sistema de informática. Não há previsão exata, mas a expectativa da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) é de que as transferências comecem nos próximos dias.

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A unidade que custou R$ 830 mil, foi construída com apoio de doações comunitárias e por meio de arrecadação das penas alternativas das Varas de Execuções Criminais (VECs) das comarcas de Lajeado, Estrela e Teutônia. De acordo com a diretora do Presídio Feminino de Lajeado, Rita de Cássia Donine Antocheviz, uma triagem será feita nas outras três unidades femininas do Estado (Porto Alegre, Guaíba e Torres) com o objetivo de transferir as presas que são da região do Vale do Taquari.
A decisão foi tomada em comum acordo com a Vara de Execuções Criminais do município, o Ministério Público e o Conselho Comunitário. Segundo a diretora, o objetivo é proporcionar educação e capacitação para contribuir com a ressocialização das mulheres.
– Haverá uma coordenadora de aula e vamos buscar cursos a partir da demanda delas. O objetivo é que elas saiam daqui e encontrem uma oportunidade lá fora – avaliou.
Além da diretora, a unidade dispõe de duas chefes disciplinares, assistente social, psicóloga e 10 agentes penitenciários que se revezarão em plantões de três (um homem e duas mulheres). Cada cela possui dois beliches com três camas cada e a capacidade total da galeria é para 72 detentas.
Além disso, a unidade conta com mais 12 camas na ala da maternidade. As gestantes que pretendem deixar a tutela do bebê com um parente, serão acompanhadas até o fim da gestação e poderão receber visitas para amamentação. Já as que quiserem ficar com os bebês, serão acompanhadas pela equipe técnica da unidade até os sete meses de gestação e depois serão transferidas para a Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre.
