
As primeiras ações do Plano Nacional de Segurança Integrada deverão ser implementadas em Porto Alegre a partir de janeiro.
Essa foi a expectativa criada em encontro que reuniu o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, o coordenador-geral de Articulação e Integração em Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Humberto Freire, e representantes de órgãos estaduais e municipais vinculados à área, na tarde desta quinta-feira, na SSP.
Porto Alegre, pelo alto índice de homicídios e por já contar com ações da Força Nacional de Segurança Pública, foi escolhida pelo Ministério da Justiça e Cidadania (MJC), juntamente com Natal (RN) e Aracaju (SE), como cidade-piloto para a implantação do programa em todo o país.
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A proposta, de acordo com Freire, está alicerçada em três eixos principais: redução de homicídios e da violência contra a mulher, modernização e racionalização do sistema penitenciário e fortalecimento das fronteiras no combate a crimes como o narcotráfico, tráfico de armas e contrabando.
Até 16 de fevereiro, técnicos da Senasp permanecerão em Porto Alegre para, em parceria com representantes de órgãos de segurança pública estaduais e municipais, formular o Plano Tático Integrado.
– Pretendemos empregar, a partir de janeiro, o plano que integrará a Polícia Federal e a Força Nacional com unidades locais do Estado e do município – explicou Freire.
O Plano Nacional de Segurança Integrada prevê investimento de R$ 1,4 bilhão em todo o país.
Presídio federal
A escolha de Porto Alegre como cidade-piloto do do Plano Nacional de Segurança Integrada deve-se, principalmente, aos homicídios.
De acordo com levantamento do Diário Gaúcho, até o dia 30 de novembro, ocorreram 676 casos na cidade, neste ano. O número representa um aumento de 84,6% em relação aos mesmos 11 meses de 2011, quando foi iniciada a pesquisa.
Além de receber o plano, o Estado pretende pleitear a construção de um presídio federal no Rio Grande do Sul. De acordo com o secretário Cezar Schirmer, a proposta foi aprovada por unanimidade no Gabinete de Gestão integrada da Segurança Pública (GGI).
Há, atualmente, quatro prisões federais no país: Penitenciária Federal de Catanduvas, Penitenciária Federal de Campo Grande, Penitenciária Federal de Porto Velho e Penitenciária Federal de Mossoró. U ma quinta, está sendo construída em Brasília.
– Solicitaremos a construção de uma sexta, no Rio Grande do Sul. Um município, inclusive, já está sendo cogitado, a partir do interesse de um prefeito eleito em outubro – disse o secretário.