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A Polícia Civil de Caxias do Sul considera esclarecida a morte de Mateus José Pereira, 28 anos, ocorrida na noite de 5 de dezembro do ano passado. Guilherme Gomes Pinto, 23, o Corintiano, foi reconhecido como o comparsa de Andrei Baldin, 24, morto em confronto com a Brigada Militar (BM) três dias após o assassinato de Pereira.
De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD), Pinto era o motorista do Sandero branco que se aproximou do Corsa de Pereira em um semáforo da Travessa São Marcos, no bairro Kayser. Ele e Baldin desembarcaram e efetuaram diversos tiros contra a vítima, que morreu no local.
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Pereira era filho do pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular de Caxias do Sul, José Flávio Pereira, reconhecido por seu trabalho social voltado a combater o uso de drogas e a criminalidade na zona sul da cidade. De acordo com o delegado Rodrigo Kegler Duarte, Baldin e o filho do pastor tinham uma desavença motivada pelo conserto de um veículo. Pereira havia prestado serviço para Baldin e houve desacerto no pagamento.
Este é o segundo indiciamento de Pinto por um homicídio em 2016. Ele já havia sido reconhecido na morte de Paulinho Adriano de Barros, 37 anos, no loteamento Campos da Serra em 21 de junho. O crime teve motivo banal. Pinto dirigia um Chevette quando deparou com pedras na Rua Gessi Laurente Prates. Os obstáculos foram colocados na via para reduzir a velocidade dos carros. O rapaz discutiu com Barros, que era marido da síndica do condomínio, e o matou com dois tiros no peito.
Preso preventivamente em 23 de setembro, Pinto alegou que sacou o revólver em legítima defesa. Ele ficou recolhido até 10 de novembro, quando teve concedida a liberdade provisória. Menos de um mês depois, participou do assassinato de Pereira e teve nova prisão preventiva decretada.
Pinto foi capturado na noite de terça-feira, após denúncia à Brigada Militar que um foragido estava refugiado em uma residência da Rua Moacir Emigio Fabro, bairro Vila Verde. Ao perceber a aproximação policial, ele pulou o muro e tentou correr, mas foi capturado. Pinto portava uma pistola calibre .380 na cintura. Na casa, ainda foram encontrados um Captiva clonado e 15 comprimidos de ecstasy. Ele segue recolhido no Presídio Estadual de Caxias, antiga Penitenciária Industrial.