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Irregularidade

"Não sabia, de jeito nenhum", diz proprietário do Rambla sobre "gato" de energia

CEEE constatou que parte da ligação elétrica do local era clandestina

Eduardo Matos

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O proprietário da casa noturna e restaurante Rambla, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, afirma que não sabia do "gato" de energia no local. Na quinta-feira (4) à noite, a CEEE flagrou que parte da ligação elétrica do estabelecimento era clandestina. O gerente da casa chegou a ser preso pela Polícia Civil, mas foi liberado nesta tarde. As informações são da Rádio Gaúcha.

– Não sabia de jeito nenhum – sustenta o empresário.

Jorge Mardini atribui à Sulgás o problema ocorrido. Explica que a companhia estadual fornecia gás para um gerador, em forma de projeto piloto, e que o equipamento teve problemas desde o início. Inclusive pegou fogo em 2013.

– Assinamos um termo de silêncio com a Sulgás e empresa quando ocorreu o incêndio – afirma Mardini.

O empresário diz que foi a empresa terceirizada responsável pelo gerador que retirou o equipamento e fez a ligação dos fios na rede. Garante que não sabia da irregularidade.

Conforme a CEEE, a ligação clandestina que não gerava cobrança abastecia toda a cozinha, incluindo as lâmpadas, três aparelhos de ar-condicionado, o ar central, duas câmaras frias, um elevador de pratos e equipamentos elétricos usados para produção de alimentos.

O Rambla recebe entre sete e dez mil pessoas por mês e fica em área nobre da capital. O estabelecimento segue aberto. A CEEE afirma que a casa noturna deve entre R$ 120 e R$ 160 mil em energia elétrica, referente ao consumo não pago desde agosto do ano passado, quando o proprietário pediu o desligamento do medidor antigo.

O delegado Alexandre Fleck, que conduz a investigação, vai ouvir os responsáveis pela casa noturna. Em caso de indiciamento, será por furto qualificado.

A Sulgás divulgou nota sobre o caso.

A Sulgás informa que não faz e nunca fez a instalação elétrica em seus clientes. Em março de 2013, foi assinado um contrato com o Rambla de fornecimento de gás para uso em geração de energia elétrica, através do qual coube à Sulgás, unicamente, o fornecimento do combustível. A instalação e operação do gerador ficou sob a responsabilidade do estabelecimento, inclusive, sua desinstalação. A operação do gerador de energia a gás natural ocorreu entre outubro e dezembro de 2013, cabendo, exclusivamente, ao cliente a desinstalação e retirada do equipamento. A Sulgás se coloca à disposição para prestar esclarecimentos e informações complementares sobre o assunto.

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*Rádio Gaúcha

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