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Investigação

Após cogitar que esquartejamento fosse autoria de facção, polícia de Caxias fala em crime passional

A mudança na linha de investigação ocorre pela forma como as partes do corpo foram descartadas em sacolas plásticas

Leonardo Lopes

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Suelen Mapelli / Gaúcha Serra
Corpo foi encontrado em contêiner em Caxias do Sul nesta quarta-feira

Após cogitar que o esquartejamento de um corpo fosse autoria de alguma facção, como ocorre na Região Metropolitana, a Polícia Civil de Caxias do Sul voltou atrás e agora cogita a hipótese de crime passional. A mudança na linha de investigação ocorre pela forma como as partes do corpo foram descartadas em sacolas plásticas, características que apontam para uma tentativa de ocultação de cadáver, o que não é usual entre grupos criminosos. As facções, por exemplo, fazem questão de exibir a cabeça da vítima como uma demonstração de força criminosa.

A Delegacia de Homicídios tem dois objetivos iniciais: recolher as imagens de câmeras próximas ao contêiner da esquina da Sinimbu com a Marechal Floriano e identificar o homem morto. Segundo o delegado Rodrigo Kegler Duarte, a vítima possui uma tatuagem, possivelmente no antebraço, de um ás de espada do baralho espanhol, que é utilizado para jogar truco.

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– O primeiro passo é identificar a vítima. Por isso, pedimos que os familiares de alguém que tenha esta característica e esteja desaparecido nos procurem. Para definirmos a causa provável, se uma retaliação de facção ou motivo passional, precisamos ter o perfil da vítima – afirma.

Pelos primeiros indícios, a investigação acredita que os membros foram deixados no contêiner de lixo entre 21h30min e 23h - no total, 10 partes foram encontradas em sacolas e embaladas em jornal. Como as primeiras perícias apontaram que a morte é recente, o delegado Duarte acredita que o crime tenha ocorrido na região central.

– O que chama atenção foi a forma como este corpo foi fracionado em pequenos pedaços e cuidadosamente embalado. Quem fez isso teve bastante trabalho. Acredito não se tratar de uma ação midiática de facção porque a cabeça ainda não apareceu. É mais provável uma ocultação de cadáver – aponta o delegado Duarte.

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