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A oficialização sobre a sessão que vai decidir o futuro político de Eduardo Cunha deve ocorrer nesta quinta-feira. Desde a sexta-feira da semana passada, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara tenta notificar o ex-presidente da Casa, tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília, mas, até o fim do expediente de terça, não teve sucesso. A última cartada será publicar a notificação na edição de quinta do Diário Oficial.
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Enquanto isso, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu à consultoria da Casa um estudo sobre os efeitos de uma possível votação fatiada, semelhante ao que foi feito no processo de impeachment de Dilma Rousseff. A sessão está marcada para as 19h de segunda-feira.
Na terça, Maia disse que espera ter quórum entre 460 e 470 deputados, e que só iniciará o processo com pelo menos 420.
Para ser confirmada, a cassação do mandato de Cunha precisa ser aprovada por 257 dos 512 deputados que integram a Câmara. Segundo o placar informal feito pelo jornal O Estado de S. Paulo*, 205 são a favor de afastar Cunha, dois contra, 54 não responderam e 25 estão indecisos – 226 não foram consultados.
Levantamento feito pelo O Globo* mostrou que 246 vão votar a favor da cassação de Cunha, 3 são contra, 33 podem se ausentar da sessão – 229 não quiseram ou não responderam ao jornal.
A consulta realizada pelo jornal Folha de S.Paulo indica que a bancada de ao menos dez partidos comparecerão na sessão de segunda-feira. PT, PSDB, PSB, DEM, PRB, PDT, PC do B, PPS, PSOL e Rede, que somam 238 deputados, devem votar a favor da cassação. O jornal averiguou ainda que muitos deputados do PMDB, partido de Cunha e que detém 66 cadeiras, também dizem sim ao afastamento dele. A Folha ouviu líderes de 17 das 23 principais bancadas. Nenhum deles manifestou abertamente voto a favor do peemedebista.
*Os dados foram consultados às 17h de 7 de setembro de 2016.