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Dilma sobre suposto vazamento da Lava-Jato: "Estamos caminhando para o Estado de Exceção"

Nas redes sociais, ex-presidente criticou a revelação feita no domingopelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes

Estadão Conteúdo

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou, nesta segunda-feira, as redes sociais para criticar a revelação feita no domingo, em Ribeirão Preto (SP), pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que uma nova fase da Operação Lava-Jato ocorreria esta semana. Dilma afirma, no início da série de postagens, que o país vive "uma situação grave" e faz uma série de críticas à declaração de Moraes dada durante um evento político na cidade do interior paulista. Em seguida, a ex-presidente lembra da prisão do ex-ministro Antonio Palocci ocorrida hoje e encerra com a avaliação de que "estamos caminhando para o Estado de Exceção".

"O anúncio de nova fase da Lava-Jato pelo ministro da Justiça num palanque eleitoral, em plena atividade de campanha em Ribeirão Preto, na véspera da prisão de Antônio Palocci, lança suspeitas de abuso de autoridade e uso político da Polícia Federal", relatou a presidente. "Se tal situação tivesse ocorrido em meu governo, seríamos duramente criticados pela imprensa e pela oposição", completou a ex-presidente em uma série de posts no Twitter e reproduzida no Facebook.

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As declarações de Moraes a representantes do Movimento Brasil Limpo fizeram que o presidente Michel Temer o convocasse para uma conversa, nesta segunda-feira, no Planalto, para dar explicações. Moraes, entretanto, está em São Paulo e só iria para a capital federal na terça-feira de manhã.

Na agenda desta segunda-feira do ministro, entretanto, só consta a participação dele na abertura do Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, na FecomercioSP, pela manhã. À tarde, não havia compromissos agendados.

De acordo com interlocutores do presidente, "pegou muito mal" a declaração de Moraes por diversas razões e por isso Temer o convocou para essa reunião. A negativa para a reunião também não foi vista com bons olhos pelo Planalto.

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*Estadão Conteúdo

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