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O ex-presidente da Câmara e ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) arrolou o presidente Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais 20 pessoas como suas testemunhas de defesa em ação penal da Operação Lava-Jato. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Também aparecem na lista de testemunhas nomes como o do ex-ministro do Turismo e deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL), o ex-ministro de Aviação Civil do governo de Dilma Rousseff Mauro Lopes, o senador cassado Delcídio Amaral, Nestor Cerveró, o empresário José Carlos Bumlai e outros políticos.
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Os advogados de Cunha pedem que o juiz Sérgio Moro ouça as testemunhas e que, a partir disso, possa julgar improcedente as denúncias contra ele e o absolva dos crimes imputados.
Eduardo Cunha é réu em três ações penais, sendo duas em Brasília e uma em Curitiba, esta perante o juiz Sérgio Moro, que pediu sua prisão preventiva em 19 de outubro. O magistrado acolheu os argumentos da força-tarefa da Procuradoria da República de que Eduardo Cunha em liberdade representa um "risco para a instrução do processo e para a ordem pública".
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF), acusa Cunha de lavagem de dinheiro, corrupção e evasão fraudulenta de divisas de contas na Suíça.
A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas, na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África, segundo a PF.
*Zero Hora, com informações do jornal O Estado de S.Paulo