
As resistências de grupos aliados do governo, especialmente do chamado centrão, fizeram com que o Planalto desistisse de nomear o deputado federal tucano Antonio Imbassahy (BA) para assumir a Secretaria de Governo em substituição a Geddel Vieira Lima.
Logo após saberem da possível nomeação de Imbassahy, no início da tarde desta quinta-feira, líderes do Centrão procuraram auxiliares do presidente Michel Temer, para reclamar. Também reagiram publicamente, prometendo travar votações de projetos de interesse do governo na Câmara, principalmente da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social.
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– Pode cravar. Nunca existiu, nem existirá nomeação do Imbassahy – afirmou um dos líderes do Centrão no início da noite.
Como precisa aprovar no Congresso propostas que exigem bastante apoio, como a reforma da Previdência, o governo avaliou que era melhor negociar com mais calma a escolha do novo titular da pasta.
Alguns nomes já começam a ser falados como opções para o posto, como os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e José Aníbal (PSDB-SP). Mas essa escolha precisaria ser articulada com o centrão, ou repetiria o problema ocorrido com Imbassahy.
*Estadão Conteúdo