Política

Indicado de Temer

Plenário do Senado vota nesta quarta indicação de Moraes ao STF

Sessão extraordinária foi marcada para as 11h. Ministro licenciado da Justiça precisa de 41 votos para garantir a vaga no Supremo

Zero Hora

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Alexandre de Moraes (à esquerda) durante sabatina coordenada pelo presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA)

Após aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira, a indicação do ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF) passará pelo crivo do Plenário do Senado. A votação foi marcada para as 11h desta quarta-feira. Para garantir a cadeira que foi de Teori Zavascki, Moraes precisa de maioria simples – 41 votos dos 81 senadores.

A previsão era que a votação ocorresse ainda na terça-feira, logo após a conclusão da sabatina na CCJ, mas como a sessão se prolongou – foram quase 12 horas – o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), preferiu remarcar para quarta a análise pelo Plenário.

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A convocação de sessão extraordinária visa garantir quórum para análise da indicação de Moraes, uma vez que os senadores devem começar a retornar aos Estados já na tarde desta quarta-feira.

A indicação de Moares passou na comissão do Senado com 19 votos a favor e sete contra. Apenas a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) se declarou impedida para participar do pleito por ser ré na Operação Lava-Jato, que tramita no STF. A intenção, segundo a petista, era que outros parlamentares investigados também se abstivessem, o que não ocorreu.

Biografia

Alexandre de Moraes é doutor em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP), jurista e trabalhou como promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. Leciona na USP, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na Escola Superior do Ministério Público e da Escola Paulista da Magistratura.

Sua carreira no serviço público começou em 2002, quando foi nomeado secretário estadual de Justiça e da Defesa da Cidadania em São Paulo, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Ficou no cargo até 2005, quando saiu para ocupar uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (2005-2007). Depois foi secretário municipal de Transportes (2007-2010) e Serviços (2009-2010) na cidade de São Paulo, nas gestões de Gilberto Kassab (DEM), e secretário estadual de Segurança Pública (2015-2016) de São Paulo, novamente no governo Geraldo Alckmin.

Moraes é o 27º nome a ser indicado para o STF desde a redemocratização do país, em 1985, e o 25º sob a vigência da Constituição Federal de 1988. Ele é e o quarto ex-ministro da Justiça a ser agraciado com a nomeação no mesmo período. Antes dele, Nelson Jobim (1997), Maurício Corrêa (1994) e Paulo Brossard (1989) também foram indicados. Apenas Corrêa não ocupava o cargo no momento da indicação – era senador pelo Distrito Federal e havia deixado o Ministério sete meses antes.

A indicação de Moraes é a primeira de um ministro de Estado em exercício desde 2009. Naquele ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou para o cargo o então advogado-geral da União Dias Toffoli.

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