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Autorizado a retomar o mandato de senador por uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), Aécio Neves disse que recebeu a notícia "com absoluta serenidade". O tucano se manifestou por meio de nota, nesta sexta-feira (30).
– Sempre acreditei na Justiça do meu país e seguirei no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros, com a seriedade e a determinação que jamais me faltaram em 32 anos de vida pública – afirmou.
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O afastamento de Aécio das atividades parlamentares havia sido determinado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, em 17 de maio, após a homologação das delações da JBS.
Nesta sexta, o ministro Marco Aurélio, relator de ações envolvendo Aécio na Primeira Turma do Supremo, decidiu que o tucano pode voltar a exercer todas as funções de senador, entrar em contato com outros investigados do caso JBS e até mesmo deixar o país.
Marco Aurélio não acatou o pedido de prisão de Aécio feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). "O agravante é brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável", escreveu o ministro, em sua decisão.
A manifestação de Marco Aurélio ainda fez referência a decisões da Primeira Turma do STF, que no último dia 20 analisou três recursos em torno do caso, decidindo substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar de três investigados: Andrea Neves, irmã do tucano; Frederico Pacheco de Medeiros, primo dos dois; e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar de Zezé Perrella (PMDB-MG).