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A ex-presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais na gestão petista e ex-presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, nesta quinta-feira, (20). Dilma, que disse ter estado com ele há três semanas, chamou-o de "amigo querido".
"Um dia terrível para quem luta por um mundo melhor, com justiça social. Um dia muito, muito triste", disse Dilma, por meio de nota. A petista afirmou ser um "dia de dor para todos nós, que compartilhamos com ele seus muitos sonhos, histórias e lutas".
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Marco Aurélio Garcia foi um dos principais formuladores da política externa durante a gestão Dilma Rousseff, ele foi vítima de um ataque cardíaco fulminante. Garcia era professor aposentado do Departamento de História das Universidade de Campinas (Unicamp).
O PT também emitiu nota de pesar pela morte do político no site do partido. "Ele foi um importante líder na construção e execução da política externa brasileira durante o governo de Lula, além de ser um dos grande apoiadores dos Brics e do fortalecimento das relações Sul-Sul".
Nas redes sociais, políticos também publicaram homenagens. No Twitter, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tardo Genro, disse que o professor aposentado era seu amigo fraterno, um grande quadro da esquerda e um militante histórico do PT. "Ser humano excepcional. Dor e luto", escreveu.
A deputada federal Maria do Rosário, também gaúcha, afirmou no Twitter que a esquerda do mundo está em luto. "Um amigo dos povos, professor e articulador da atuação internacionalista", disse.
Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff e candidato a governador de São Paulo pelo PT em 2014, declarou que a esquerda perde um de seus maiores pensadores e incentivadores da solidariedade internacional.
Em seu site oficial, a Unicamp ressaltou que Garcia foi personagem-chave na história do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e um dos fundadores do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), projeto de coleta e preservação de documentos sobre a história social do trabalho. "Garcia acreditava na importância do acervo e defendia que ele deveria ser tão grande quanto sua capacidade de preservar a memória", diz a nota, lembrando que, quando foi diretor do AEL, o intelectual costumava afirmar que "o céu é o limite".