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No dia da votação da admissibilidade da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, no plenário da Câmara dos Deputados, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que já foi líder do partido na Casa, disse que o PMDB não fechou questão para salvar o mandato do correligionário.
– Nunca houve fechamento de questão no PMDB – disse ele, em entrevista à rádio CBN, emendando: – Evidentemente que vai haver dissidência na bancada do PMDB.
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A declaração contraria o anúncio feito, na terça-feira (1º), pelo presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), em sua conta no Twitter. De acordo com Jucá, o partido fechou questão em relação à denúncia contra o presidente Temer. E ameaçou os dissidentes:
– Reafirmo que, como presidente do partido, qualquer ato em contradição a essa decisão sofrerá consequências.
Mesmo com a afirmativa, a bancada na Câmara não está afinada com essa determinação, dentre eles, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) que foi o primeiro relator da denúncia na CCJ, que foi derrotado e preterido por um parecer favorável a Temer.
Na entrevista à CBN, Renan Calheiros criticou o governo Temer, dizendo que "com a cooptação de parlamentares" deverá atingir 2/3 dos votos.
– Acho que a oposição não deveria dar quorum. Seria inexplicável no futuro participar de um jogo de cartas marcadas pela cooptação de parlamentares. A oposição não deveria comparecer.
Ainda nas críticas, o peemedebista disse que é público e explícito o fisiologismo no governo Temer.
– O governo está implodindo o ajuste que se impôs, a revisão da meta é um horror. É mentira que houve aumento de emprego, a reforma trabalhista foi exagerada – disparou.