Daniel Feix
Muitos alter egos criados por Woody Allen em seus 44 longas-metragens analisam, mais do que a condição do homem, as angústias do artista. Ou, no mínimo, do sujeito que faz da criação o seu ofício - seja produzindo literatura ou reportagens esportivas. Outras obsessões do cineasta incluem os anos 1920 (sempre idealizados) e os exercícios de clarividência (não raramente achincalhados). Em Magia ao Luar, em cartaz nos cinemas, ele retoma tudo isso, usando a ideia do poder mediúnico como contraposição ao racionalismo niilista dos personagens que sua própria figura consagrou ao longo das décadas.
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre:
- woody allen
- proa
- crítica
- cinema