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Entre os dias 18 e 21 de julho, em Cleveland, na convenção nacional do Partido Republicano, o nome de Donald Trump deve ser confirmado como o candidato da sigla à presidência dos Estados Unidos. O caminho foi facilitado pela desistência, no começo de maio, de seus dois últimos rivais – o senador Ted Cruz e o governador de Ohio, John Kasich – e vem sendo pavimentado por um discurso raivoso contra imigrantes latinos, muçulmanos e toda sorte de minorias. Em novembro, o bilionário nova-iorquino de 69 anos deverá enfrentar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, do Partido Democrata, nas eleições presidenciais. As pesquisas de opinião pública indicam uma disputa apertada.
Para tentar explicar esse fenômeno e refletir sobre os riscos de uma eventual vitória do magnata conservador e controvertido, ZH convidou Fabiano Mielniczuk, professor de Relações Internacionais da ESPM-Sul, e Tatiana Zismann, mestre em História pela PUCRS. Nos links a seguir, Mielniczuk aborda o contexto político, econômico e social que ensejou a ascensão de Trump, e Zismann faz uma comparação entre a agenda preconceituosa, xenófoba e intolerante do republicano e a eleição, para prefeito de Londres, de Sadiq Khan, um muçulmano filho de imigrantes paquistaneses.