
A quinta-feira começou complicada para os paulistanos que dependem do metrô para se deslocarem. Com a greve por tempo indeterminado dos metroviários, das cinco linhas, apenas duas fazem todo o trajeto (uma delas é operada por concessionária) nesta manhã. A paralisação, aliada aos protestos de agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego, ajudou a travar o trânsito, provocando congestionamento recorde de 209 quilômetros durante a manhã.
Essa marca é a maior para o período da manhã neste ano e a terceira da série histórica, iniciada em 1994. O pior congestionamento é na Zona Sul, com 72 quilômetros de extensão.
O sindicato que representa a categoria pode ter de pagar multa de R$ 100 mil, por determinação da Justiça, que estabeleceu que 70% dos trens circulassem nos horários normais e 100% nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h). A proposta de reajuste de 8,7%, oferecida pela estatal Metrô de São Paulo, foi rejeitada. Os funcionários pedem 16,5%, mas aceitam reduzir para 10%. Uma reunião de conciliação está programada para as 15h desta quinta-feira.
Planos de emergência foram anunciados para amenizar os efeitos da greve, e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) liberou o rodízio para carros de passeio (medida foi mantida para caminhões e veículos de frete).