Trânsito

Porto Alegre 

Manifestantes protestam contra reajuste da tarifa de ônibus pelas ruas da Capital 

Não foram registradas ocorrências policiais relacionadas ao ato. Principal problema decorrente da caminhada foi atraso nas linhas ônibus do centro

Karina Sgarbi / Especial

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O Bloco de Luta pelo Transporte Público realizou, no final da tarde desta terça-feira, em Porto Alegre, um protesto contra o aumento da passagem de ônibus. O valor atual da tarifa é de R$ 3,25, mas há sinalização da prefeitura de que pode ser elevada para até R$ 3,80. Concentrados desde as 17h na Praça Montevidéu, os manifestantes saíram em caminhada pouco depois das 18h30min, tendo como destino o Largo Zumbi dos Palmares, onde o ato foi encerrado por volta das 20h.

A Brigada Militar e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanharam o trajeto e fizeram bloqueios no trânsito à medida que os manifestantes se deslocavam. Conforme a EPTC, as linhas de ônibus que passam pelo centro tiveram atrasos de até duas horas, e na Avenida Mauá, um congestionamento de 1 km de extensão chegou a se formar, mas foi liberado após a passagem dos manifestantes pela Avenida Júlio de Castilhos. Segundo a BM, pelo menos 250 pessoas participaram do ato.

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O protesto passou pela frente do Mercado Público, pelo camelódromo, pela Rua Doutor Flores e pelas avenidas Senador Salgado Filho, Borges de Medeiros e José do Patrocínio.

– Nós temos uma demanda imediata, que é impedir o aumento da passagem que vem sendo sinalizado pela prefeitura. Esse debate sequer passa pela população, e também não vemos o valor se refletir numa melhora da qualidade do serviço – afirma Júlio Câmara, membro da organização do ato e integrante do Bloco de Luta.

Com palavras de ordem e cartazes, os manifestantes também defenderam o passe livre para estudantes, desempregados e quilombolas. A nova tarifa, que ainda não foi oficializada, pode começar a valer ainda no mês de fevereiro. Com o aumento, também entram em operação 296 novos ônibus.

A técnica em Propriedade Industrial Elisangela Pires, 35 anos, não se incomodou em esperar mais pelo ônibus chegar enquanto ocorria a manifestação.

– O atraso é por uma boa razão. O aumento para R$ 3,80 é um absurdo.

O Batalhão de Operações Especiais (BOE) da BM acompanhou o protesto, mas não precisou intervir.

– A presença do BOE é comum em atividades do gênero, tanto para garantir que os manifestantes façam seu ato, quanto para que as demais pessoas fiquem em segurança – afirmou o tenente-coronel Marcus Vinícius, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).


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