
Depois desta terça-feira, no CT da Barra da Funda, o São Paulo merece mesmo cair. Imagine que a própria direção incentivou uma reunião entre torcidas organizadas, com longo histórico de badernas, e jogadores mais a comissão técnica.
Muricy Ramalho, comentarista do SporTV, muito identificado com o clube pelo fato de ter sido jogador na década de 1970 e tricampeão brasileiro como treinador nos anos 2000, acertou na mosca. É um tiro no pé. Não tem cabimento.
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O que os jogadores mais precisam para escapar do rebaixamento é confiança e tranquilidade para trabalhar, e não perder tempo dando satisfação a dirigentes de organizadas que, todos sabemos, primam pela violência.
É uma inversão total de valores.
O que pode resultar de positivo na prática uma conversa assim? A direção do São Paulo está perdida. Essa reunião na Barra da Funda é prova. É claro que os jogadores se sentirão pressionados e, porque não dizer, ameaçados.
Pode até ter sido boa a intenção, mas o efeito é até humilhante. Passa uma ideia de falta de comando, de pulso, de atirar o grupo aos insanos das organizadas. O São Paulo pode até escapar, mas está se esforçando para afundar, como fez o Inter no ano passado. O São Paulo é o Titanic do Brasileirão.