
O técnico Guto Ferreira conseguiu. Pegou o Inter fora do G-4, com o sal grosso se espalhando pela grama do Beira-Rio e as vidraças do estádio espatifadas por torcedores em fúria com o time, que não tomava o rumo da volta à Primeira Divisão.
Creio que já não é mais exagero dizer que o ano de 2018 colorado está definido: será na Série A. O curso natural de um rio sempre poderá se alterar por uma tormenta improvável, mas o fato é que o fluxo das águas, com sete vitórias nos últimos oito jogos, e faltando 18 pontos em 42 possíveis, aponta volta inexorável à elite.
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Bem. Se voltará ao convívios dos grandes, o Inter tem de começar a se planejar já.
É claro que, para efeito externo, valerá o discurso de não colocar a carreta adiante dos bois. Não se trata de salto alto, mas de previdência.
Se perder todas fora e mais uma em casa, ainda assim o Inter subirá. São só seis vitórias em 14 rodadas. Não pode ser surpreendido na hora de tomar decisões.
Série A é outra exigência. Nem tudo o que dá certo na Série B, por melhor que seja, necessariamente funcionará na elite. Será preciso mexer no grupo com critério. Dispensar. Reforçar.
E esse processo interno tem de ser gestado já, ainda durante a Série B. Não dá para esperar dezembro.