Diretor-executivo da Comércio de Cereais JRB Ltda, Vicente Barbiero assume a presidência da Associação das Empresas Cerealistas do Estado (Acergs) e conversou com a coluna sobre as metas e desafios à frente da entidade.
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Leia abaixo trechos da entrevista.
Quais os desafios das cerealistas para os próximos dois anos?
Não fogem aos de todos os setores produtivos. Há carência em armazenagem. Tivemos a linha de crédito PSI Cerealistas, que durou pouco mais de seis meses. Foram poucos que conseguiram acessar. Trabalharemos para restabelecê-la. Outro ponto é viabilizar o trigo. Tivemos ótima safra em 2013 e provamos que podemos produzir com a qualidade de que a indústria necessita. Mas temos restrições, como o ICMS maior que o de outros Estados produtores. Sem contar que estamos distantes das grandes indústrias, e nosso transporte é rodoviário. A pretensão é implantar a segregação no plantio: definir o menor número possível de cultivares que poderão, no recebimento da safra, serem armazenadas juntas sem perder qualidade.
Qual o panorama do setor?
O país atravessa crise de credibilidade política e financeira, acredito que a gestão do agronegócio é o que fará a diferença. Observo as cerealistas muito bem estruturados e focadas no negócio. O setor sairá fortalecido deste momento.
O que esperar da atual safra?
Estamos iniciando a colheita do milho. A produtividade está menor do que no ano passado, mas não se pode dizer que é ruim. Há elevação de preço devido ao câmbio, que ameniza a diferença na produtividade. Quanto à soja, esperamos novamente ótima safra.Em relação ao RS, o que nos deixa apreensivos são as más condições das rodovias, que elevam os custos com transporte. Mas, se o preço continuar no patamar atual, tanto cerealistas quanto produtores sairão satisfeitos.