Faltando apenas uma semana para o início da 40ª Expointer, a contratação da empresa responsável pela bilheteria e pelo estacionamento na feira ainda não pôde ser concretizada. O motivo é uma liminar, obtida na Justiça pela segunda colocada, determinando a suspensão do processo licitatório (que já havia sido homologado).
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O argumento é o de que houve vícios formais. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) entrou com recurso. Mas o pouco tempo que resta para o início da exposição, no parque Assis Brasil, em Esteio, preocupa.
– Não adianta a liminar ser derrubada na quarta-feira. Existem etapas burocráticas do processo a serem cumpridas pela empresa vencedora – explica Gustavo Petry, procurador assistente do gabinete da PGE, que acompanha o processo.
Ele acrescenta que se a suspensão for mantida, não há tempo hábil para fazer nova licitação, o que seria "gravíssimo", prejudicando o controle de entrada e saída de pessoas no evento.
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A liminar saiu na terça-feira, dia 15. A Secretaria foi notificada um dia depois, e o Estado entrou com recurso no dia 17. Mais confiante do que o procurador, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, projeta definição favorável ao Estado no recurso e diz que, se isso não ocorrer, haverá alternativa:
– Vamos dar um jeito. Teremos de fazer contratação emergencial, se for o caso.
A proposta vencedora para a exploração das bilheterias é de R$ 2,5 milhões e foi conquistada pela Impacto Vento Norte. Essa quantia entra para os cofres públicos, e a arrecadação com os ingressos fica com empresa vencedora da licitação.
Em 2016, a feira recebeu mais de 355 mil visitantes nos nove dias do evento. A estimativa dos organizadores para este ano é de pelo menos repetir os números da edição passada.