
A comercialização da safra de trigo segue incerta no Rio Grande do Sul, mesmo após os primeiros leilões para escoar a produção – realizados na semana passada. Com baixa negociação nas operações de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), apenas 34% da oferta, a intervenção ainda não mexeu com o mercado – que segue com o valor do cereal abaixo do preço mínimo estabelecido para a cultura.
– Tudo permanece parado. A pressão de oferta é muito grande – avalia Hamilton Jardim, presidente da Comissão do Trigo da Farsul.
Entre os motivos para a baixa procura pelo PEP, destinado a indústrias moageiras de fora do Estado, estão as regras previstas no edital do leilão. Como o produto comprado só pode ser vendido para o Norte e o Nordeste, explica Jardim, a procura acaba ficando restrita. Além disso, a competição com o trigo argentino também está dificultando.
– A Argentina vem baixando o preço do trigo para competir com a safra brasileira – comenta Jardim.
Na sexta-feira, ocorrem novos leilões de PEP e também de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), desta vez com 120 mil toneladas ao Estado. Há operações previstas ainda para o dia 16.