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Após cair pelo terceiro trimestre seguido, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária ganhará pelo menos um fôlego nos últimos três meses do ano – quando entrarão os números da safra de trigo, que surpreenderam positivamente em relação à produtividade e qualidade.
Com a colheita concluída no Rio Grande do Sul, a média do rendimento passou de 3 mil quilos por hectare na maioria das lavouras, segundo a Emater. O bom resultado, comparado com uma colheita de inverno frustrada em 2015, garantirá o único trimestre do ano com variação positiva do setor primário.
Em 2016, a agropecuária acompanhou a retração da indústria e dos serviços – mesmo que por motivos diferentes. Enquanto os demais segmentos sofreram os efeitos da recessão econômica do país, a agropecuária foi impactada por problemas climáticos, que reduziram a produtividade das lavouras de grãos.
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A recuperação prevista para o PIB do quarto trimestre, porém, não será suficiente para compensar as perdas acumuladas ao longo do ano. A agropecuária deverá fechar com variação negativa ao redor de 5%, conforme estimativas de mercado.
A recuperação é esperada somente para 2017, com a ajuda necessária das condições climáticas, é claro.