Léo Gerchmann
A América do Sul toda está dividida. Argentinos, brasileiros e venezuelanos sabemos disso. O Peru, agora, apresenta algo surpreendente. O equilíbrio entre os dois candidatos presidenciais foi de praticamente 50% para cada lado. Pedro Paulo Kuczynski (o PPK) se elegeu com 50,12%. Keiko Fujimori ficou com 49,88%. Há, porém, um detalhe essencial: não existe ali uma disputa ideológica. Ambos representam o mesmo campo. PPK recebeu apoio maciço em razão da rejeição forte ao fujimorismo e deve confirmar a vitória. Mas a coluna recebeu texto interessante de João Eduardo Hidalgo, doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidad Complutense de Madrid. Professor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp de Bauru, ele é um conhecedor profundo dos problemas sociais peruanos e dedica suas reflexões a José Maria Arguedas, escritor e antropólogo peruano, tradutor da literatura quíchua e estudioso do folclore de seu país.