
O negócio começou há quatro anos, com a intenção de criar ferramentas acessíveis de impressão 3D, com modelo que custava R$ 5 mil quando o mais barato saía por US$ 100 mil. Nascida na incubadora Raiar da PUCRS, a Cliever se tornou uma empresa que faturou R$ 1,8 milhão em 2015. Neste ano, segundo o CEO Rodrigo Krug, quer saltar para R$ 3,8 milhões.
– Vamos ser mais agressivos. Sabemos que há uma crise, mas esse é o tipo de investimento que ajuda a reduzir custos e gera retorno – pondera Krug.
A Cliever está lançando hoje a SL1, que permite imprimir com resolução de 30 mícrons, ou três vezes menor do que um fio de cabelo. Por isso, destina-se a um mercado de precisão, de indústrias que necessitam de moldes perfeitos até dentistas.
No caso dos profissionais liberais, vai substituir o processo de moldagem, que exige colocar massa na boca dos pacientes. A tecnologia permite escanear a arcada dentária e a reproduz em resina para facilitar o trabalho. É o quinto produto em quatro anos, com média de um lançamento por ano.
– Estamos um pouco atrasados, mas investimos muito em desenvolvimento para ser uma referência nacional e internacional em tecnologia. Queremos contrariar a noção de que novidade só vem de fora. Estamos mostrando que é possível fazer tecnologia com produtos nacionais e aqui dentro – afirma Krug.
As 3D básicas fizeram com que a Cliever ganhasse visibilidade. Ao perceber que ainda havia uma lacuna de produtos com preço de R$ 4 mil a R$ 60 mil, a empresa agora quer supri-la.