Os primeiros sinais de estabilização da economia recém começaram a surgir, mas o mau humor de empresários e consumidores parece mesmo iniciar trajetória de lenta reversão. Dois indicadores divulgados nesta terça-feira confirmam a tendência.
Apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST), com abrangência nacional, subiu 2,7 pontos em julho e chegou a 70,7, maior patamar desde agosto do ano passado. É um nível baixo se for comparado ao histórico do indicador, mas aponta que os empresários do setor vislumbram dias melhores pela frente. Não chegamos ao patamar de otimismo, mas o pessimismo diminuiu pela sinalização de retomada de obras paradas, novas contratações por programas do governo e a esperança de que a economia comece a demonstrar sintomas de reação.
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No Estado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) avançou em julho pelo segundo mês consecutivo e mostra uma mudança na curva do indicador. Ao chegar aos 87,6 pontos, ainda abaixo do limite onde começa o otimismo (100 pontos), aponta uma "tênue melhora" na percepção dos empresários do setor, mostra a Fecomércio-RS, responsável pela sondagem.
Outra vez, são as esperanças a puxar o indicador, que avalia três pontos: expectativas, quadro atual e investimentos. Apenas nas expectativas o índice está no campo otimista. Isso porque as mudanças acenadas pelo governo federal ainda são apenas promessas e as vendas nas lojas também não reagiram.
*A colunista Marta Sfredo está em férias