Marta Sfredo

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A coluna online é um pouco diferente da GPS da Economia, de Zero Hora, que também assino. Aqui, cabe tudo. No jornal impresso, o foco é em análise dos temas que determinam a economia (juro, inflação, câmbio, PIB), universo empresarial e investimentos.

Caxias do Sul

Receita de exportações cresce 78,4% e ajuda Marcopolo

Empresa conseguiu fechar o primeiro semestre com lucro líquido "apenas" 27% menor do que o do mesmo período de 2015

Marta Sfredo

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Graças ao desempenho das exportações, a Marcopolo conseguiu fechar o primeiro semestre com lucro líquido "apenas" 27% menor do que o do mesmo período de 2015. A palavra entre aspas é importante porque a queda nas vendas da empresa no mercado interno no período chegou a 41,9%. O resultado não despencou na mesma proporção do mercado doméstico porque a companhia focou sua estratégia no período nas vendas para o Exterior. Deu tão certo que, no segundo trimestre, quando intensificou essa opção, obteve até crescimento de 16,7% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano anterior (de R$ 37,1 milhões para R$ 43,3 milhões). O período de abril a junho também respondeu por mais de 80% do lucro do semestre, de R$ 71,2 milhões.

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A empresa passou por uma mudança na diretoria executiva e no comando do conselho de administração entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro trimestre desde ano, adotando o projeto Conquest, para ampliar a exportações por meio do fortalecimento da atuação em mercados tradicionais da América Latina e também da busca de novos mercados e clientes no Exterior. O crescimento da receita das exportações permitiu revisar a meta interna de crescimento da receita em dólares da venda de carrocerias, que passou de 30% para 50% em relação a 2015. Outras ações para a melhora operacional seguem em andamento, com foco no encurtamento dos tempos de ciclo de produção, aumento da eficiência, otimização das unidades fabris, além da redução de despesas e custos indiretos.

De janeiro a junho, a Marcopolo produziu 2.757 unidades, ante 4.966 no mesmo período de 2015. Na avaliação da empresa, o segmento de equipamentos rodoviários segue sem perspectiva imediata de retomada. No segmento de veículos destinados ao transporte urbano, a proximidade das eleições municipais, os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, as licitações em andamento e repasses de tarifas em algumas cidades do país impulsionaram a demanda no segundo trimestre. No entanto, a pressão de custos e a concorrência por preço afetam a rentabilidade no segmento. As unidades da empresa no Exterior tiveram queda de 8,6% na receita no primeiro semestre do ano. Foram produzidas 704 unidades no período, ante 1.201 no primeiro semestre de 2015.

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